Na altura que comecei a descobrir mais sobre Shibari deram-me a óptima notícia que havia tertúlias na Faculdade de Belas-Artes, organizadas pelo Shibari LX.
Fui então a primeira vez a uma sessão em Março.
Gostei bastante na altura por provavelmente ser uma novidade para mim mas também de ver assim de perto a ser feito algo que contemplava em fotografias.
Continuei a frequentar as sessões com o objectivo de aprender a fazer Shibari devido a apreciar tanto o seu valor artístico e estético como também devido ao meu interesse pela cultura japonesa.
Comecei a convidar algumas pessoas que sabia que iam gostar de vir comigo às sessões como por exemplo o meu namorado. Ele também tudo com cultura japonesa interessava sendo ele praticante de duas artes marciais japonesas. Estas artes eram realizadas por samurais e tem ligações com Hojojutsu, arte marcial de onde origina o Shibari (saber mais em Origem).
Houve uma altura que me apercebi que, mesmo tendo iniciado a prática de Shibari devido às razões descritas anteriormente, quanto mais praticávamos um com o outro uma forte vertente emocional começou a surgir.
Comecei a ver o Shibari de uma outra forma. Para além de ser algo que reservávamos tempo para fazermos em conjunto era algo que ambos gostávamos e sentíamos que nos fazia bem.
“Tal como um bom abraço, as cordas confortam mais do que sufocam“
Partilhando de uma dimensão mais pessoal dou como exemplo que com o Shibari consegui trabalhar em alguns problemas de confiança. Confiança é das coisas mais importantes e necessárias na prática de Shibari pois a pessoa quando é atada torna-se vulnerável e indefesa sendo assim obrigada a confiar e a dar o controlo à pessoa que a ata. Muitas pessoas descrevem que a prática consegue proporcionar momentos íntimos entre parceiros sem ser preciso relações sexuais.
Sinto também que o Shibari pode ajudar com a auto-estima devido a ser uma arte que celebra a beleza do corpo.
Existem artigos que defendem que Shibari também tem uma vertente de meditação e alívio de stress pois entrasse dentro de um estado de espírito mais calmo apenas tomando atenção aos sentidos.
Quando começamos a realizar suspensões as sensações intensificaram e começou a surgir também adrenalina.
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